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Presidente do Novo em Minas Gerais atribui mau resultado a falta de dinheiro

Segundo Ronnye Antunes, a participação do governador Romeu Zema foi realizada com recursos próprios, o que diminuiu o poder de ação

Por Angel Drumond | O Tempo

Araxá, cidade natal do governador Romeu Zema (Novo), não elegeu o empresário Emílio Neumann, candidato a prefeito pelo Partido Novo e nenhum dos cinco vereadores da legenda que concorreram no pleito. Em agenda pelo interior de Minas Gerais, o governador não falou sobre o resultado das urnas, mas Ronnye Antunes, presidente regional do Novo atribuiu o resultado a falta de investimento e processo rígido de seleção do partido comparado ao diretório nacional. 


“Foi uma eleição muito atípica. A gente ainda não fez um feedback, então não tem uma conclusão institucional. Depois disso que poderemos avaliar, mas em relação a Araxá, assim como ocorreu em qualquer outra cidade que a gente participou, a minha conclusão pessoal é que as eleições são muito dependentes de investimento e de dinheiro. E como o partido Novo é o único que não usa do Fundo Partidário nem o Fundo Eleitoral, as campanhas são feitas através de doações dos filiados e de pessoas interessadas em política e na ideologia do partido. E isso faz com que as campanhas sejam mais baratas, com pouco investimento, e como atualmente a eleição ainda depende de muito dinheiro, acaba que a gente fica refém desse costume que ainda impera”, declarou Ronnye.

“A gente faz um processo de seleção que ele é rígido demais em relação ao que o diretório nacional exige até o momento e na cidade de Araxá e nas outras cinco cidades que participamos, não conseguimos compor a chapa cheia. Em Araxá foram cinco pessoas concorrendo para vereador, e isso atrapalhou bastante a divulgação do candidato ao majoritário também”, complementou.

Ronnye Antunes também falou sobre a participação do governador Romeu Zema nas eleições. Segundo o presidente regional do partido, a campanha não foi muito massiva porque o governador participou com recursos próprios, diminuindo o poder de ação.

“E a participação do governador, em relação aos outros partidos, tanto em Araxá quanto em outros locais, foi pessoal, não foi institucional, nem do governo, nem do partido, tanto é que quando ele foi em qualquer cidade, tanto em Minas Gerais como fora, apoiar um candidato, ou fazer algum tipo de campanha, a pedido do candidato, não por orientação do partido, ele sempre foi com recursos próprios. Foi de carro, ou de avião de carreira, então ele não pôde fazer uma campanha mais massiva, indo poucas vezes ao local, ou uma vez só, com recursos próprios, o que diminui também o poder de ação de qualquer pessoa, mesmo um governador”, disse o presidente do partido.

“Isso é minha opinião pessoal a princípio, antes de fazer uma reunião institucional do partido e fazer uma avaliação dessas eleições. De toda forma conseguimos quatro vereadores em Minas Gerais, em uma segunda eleição que a gente participa. De um passamos para quatro, então foi um aumento muito expressivo, mas certamente esperávamos um pouco mais”, concluiu.

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