E(L!)eições-RJ - Fred Luz: 'Queremos atrair a iniciativa privada para gerir as instalações olímpicas'
Ex-dirigente do Flamengo, o candidato à Prefeitura do Rio pelo Partido Novo crê que o esporte pode ser essencial na escola, mas deixa alto rendimento com clubes e entidades
Jonas Moura e Vinícius Faustini | Lance!
A forte associação do esporte com a educação e a veemência de que a Prefeitura não deve fazer grandes intervenções em obras para o setor norteiam a campanha de Fred Luz. Dirigente do Flamengo entre 2013 e 2018, o candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo Partido Novo vê também com bons olhos a possibilidade de atrair o investimento da iniciativa privada tanto na construção de um autódromo na cidade quanto para gerir as instalações olímpicas.
Sexto entrevistado do especial do LANCE! sobre as eleições municipais na capital fluminense, Fred Luz descarta a possibilidade de uso de dinheiro público para investir em obras do desporto. Além disto, garante que sua gestão pretende evitar a "politicagem" na sua relação com os clubes.
Para realizar esta série, o L! enviou dez perguntas - iguais, para todos os concorrentes que vêm fazendo campanha - a respeito dos seus projetos e desafios com os quais se depararão no esporte na Cidade Maravilhosa.
LANCE!: Por que deseja se candidatar à Prefeitura do Rio de Janeiro?
Fred Luz: Eu me sentia frustrado pelos rumos nos quais nosso país estava caminhando. Nunca dependi de política nem muito menos pensei em me candidatar a qualquer cargo. Mas enxerguei no Novo um partido diferente. Único que não usa dinheiro público para fazer campanha e que é contra o "toma-lá-dá-cá" da política tradicional, que gerou toda essa corrupção que temos visto. Por isso, em 2018 participei da equipe de transição do governador (Romeu) Zema em Minas Gerais, que foi eleito pelo Novo, e que em pouco tempo já está colhendo resultados da gestão técnica que vem realizando. Por conta da indignação com os rumos de nossa cidade, aceitei participar da seleção do Novo para ser candidato a prefeito do Rio. Acredito no seu potencial e sei que, com gestão eficiente, tolerância zero com a corrupção e uma equipe qualificada, faremos a virada mais desafiadora e necessária, junto com todos os cariocas que amam nossa cidade.
L!: Qual será a relevância do esporte em seu plano de governo? Haverá alguma preocupação com o desenvolvimento do setor nas categorias de base e de alto rendimento?
Associar atividades esportivas com os programas de educação é uma das minhas propostas, como forma de desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. Além disso, o esporte, assim como a cultura, são importantíssimos para manter o interesse do estudante pela escola. Já as atividades de alto rendimento são missão dos clubes e entidades esportivas.
L!: Qual será o critério para a escolha do seu secretário de esportes, se houver?
Para qualquer cargo de liderança na Prefeitura, vamos selecionar pessoas com competência técnica, experiência comprovada bem sucedida e idoneidade.
L!: Caso eleito, o senhor lidará com os impactos da pandemia de Covid-19. Qual é o seu planejamento para assegurar que a população possa gradativamente retomar suas atividades físicas com segurança em relação aos índices do vírus?
O espírito será sempre o de liberar as atividades o quanto antes, mas respeitando os cuidados necessários recomendados pelos especialistas na Medicina e na Ciência.
L!: Pensa em promover campanhas de incentivo para que as pessoas do "grupo de risco" façam exercícios físicos em suas residências?
Vamos divulgar as boas práticas para que as pessoas se cuidem, dentro dos princípios da Medicina e da Ciência, mas respeitando a liberdade das pessoas. Também buscaremos cancelar as leis que atrapalham ou inibem o uso das instalações das academias nos condomínios ou edifícios residenciais.
L!: A pandemia afetou sensivelmente a rotina dos grandes clubes cariocas. Acredita que a Prefeitura possa contribuir de alguma forma para que as agremiações se recuperem economicamente? Como?
Não. Os clubes sabem o que fazer e não precisam da Prefeitura para isso. A politicagem que gera esse tipo de conduta prejudica muito a qualidade dos serviços que a Prefeitura deve, de fato, prestar, na saúde e na educação, por exemplo.
L!: Como pretende traçar o planejamento para a volta de público aos estádios e ginásios na cidade?
Não é papel da Prefeitura. Esse papel é dos clubes e das federações. Cabe à Prefeitura, com base na opinião dos especialistas da Medicina e da Ciência, cuidar para que os frequentadores tenham segurança de saúde para que esses eventos sejam liberados.
L!: Qual é a opinião do senhor sobre a construção de um autódromo na Floresta do Camboatá, considerada o último remanescente de Mata Atlântica em terras planas na cidade, para receber grandes eventos do automobilismo, como a Fórmula 1?
Não considero o autódromo prioritário para ser feito com qualquer contribuição de dinheiro público ou comprometimento de obras por parte da Prefeitura. Por outro lado, a Prefeitura deve sempre apoiar investimentos da iniciativa privada, desde que obtidas as licenças, incluindo as ambientais.
L!: Como o senhor avalia a gestão do legado olímpico? Se eleito, quais os planos para uso das instalações olímpicas que estão sob gestão da Prefeitura, como a Arena Carioca 3 e o Parque Radical de Deodoro?
Vamos fazer o maior esforço para atrair a iniciativa privada para utilizar estes equipamentos. Considero criminoso não ter havido um planejamento responsável antes da sua construção, prevendo a manutenção destes equipamentos sem gastos para a Prefeitura. A administração municipal precisa concentrar seus gastos principalmente em saúde e educação. Muito dinheiro foi gasto sem benefício para a maioria dos cariocas. Quem mais ganhou com a Olimpíada foram as empreiteiras arroladas na Lava Jato e o então secretário de Obras, que hoje está preso.
L!: Qual deve ser o modelo de gestão do Maracanã e dos equipamentos esportivos no seu entorno?
Tudo deve ser concedido aos clubes e à iniciativa privada. Manter estas estruturas às custas da Prefeitura ou de qualquer governo é desrespeitar a maioria dos 6,7 milhões de moradores da cidade, que não conseguem ter acesso a serviços públicos essenciais de qualidade.
BATE-BOLA
Pratica ou praticou algum esporte?
Sim, futebol e golfe.
Time de coração: Flamengo
Ídolos no esporte: Zico e Ayrton Senna
Quais são suas lembranças mais fortes ligadas ao esporte?
Os gols do Rondinelli e do Petkovic contra o Vasco.
Qual legado pretende deixar à cidade do Rio de Janeiro na área do esporte?
A prática disseminada do esporte, em parceria com as escolas municipais.
QUEM É ELE
Nome completo: Frederico Derzié Luz (NOVO)
Data e local de nascimento: 22/07/1953 - Rio de Janeiro (RJ)
Vice: Giselle Gomes (NOVO)
Ocupação declarada: Engenheiro
Valor total em bens declarados: R$ 4.742.058,08
Jonas Moura e Vinícius Faustini | Lance!
A forte associação do esporte com a educação e a veemência de que a Prefeitura não deve fazer grandes intervenções em obras para o setor norteiam a campanha de Fred Luz. Dirigente do Flamengo entre 2013 e 2018, o candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo Partido Novo vê também com bons olhos a possibilidade de atrair o investimento da iniciativa privada tanto na construção de um autódromo na cidade quanto para gerir as instalações olímpicas.
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| Fred Luz (NOVO-RJ), candidato a Prefeito no Rio de Janeiro | Divulgação |
Sexto entrevistado do especial do LANCE! sobre as eleições municipais na capital fluminense, Fred Luz descarta a possibilidade de uso de dinheiro público para investir em obras do desporto. Além disto, garante que sua gestão pretende evitar a "politicagem" na sua relação com os clubes.
Para realizar esta série, o L! enviou dez perguntas - iguais, para todos os concorrentes que vêm fazendo campanha - a respeito dos seus projetos e desafios com os quais se depararão no esporte na Cidade Maravilhosa.
LANCE!: Por que deseja se candidatar à Prefeitura do Rio de Janeiro?
Fred Luz: Eu me sentia frustrado pelos rumos nos quais nosso país estava caminhando. Nunca dependi de política nem muito menos pensei em me candidatar a qualquer cargo. Mas enxerguei no Novo um partido diferente. Único que não usa dinheiro público para fazer campanha e que é contra o "toma-lá-dá-cá" da política tradicional, que gerou toda essa corrupção que temos visto. Por isso, em 2018 participei da equipe de transição do governador (Romeu) Zema em Minas Gerais, que foi eleito pelo Novo, e que em pouco tempo já está colhendo resultados da gestão técnica que vem realizando. Por conta da indignação com os rumos de nossa cidade, aceitei participar da seleção do Novo para ser candidato a prefeito do Rio. Acredito no seu potencial e sei que, com gestão eficiente, tolerância zero com a corrupção e uma equipe qualificada, faremos a virada mais desafiadora e necessária, junto com todos os cariocas que amam nossa cidade.
L!: Qual será a relevância do esporte em seu plano de governo? Haverá alguma preocupação com o desenvolvimento do setor nas categorias de base e de alto rendimento?
Associar atividades esportivas com os programas de educação é uma das minhas propostas, como forma de desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. Além disso, o esporte, assim como a cultura, são importantíssimos para manter o interesse do estudante pela escola. Já as atividades de alto rendimento são missão dos clubes e entidades esportivas.
L!: Qual será o critério para a escolha do seu secretário de esportes, se houver?
Para qualquer cargo de liderança na Prefeitura, vamos selecionar pessoas com competência técnica, experiência comprovada bem sucedida e idoneidade.
L!: Caso eleito, o senhor lidará com os impactos da pandemia de Covid-19. Qual é o seu planejamento para assegurar que a população possa gradativamente retomar suas atividades físicas com segurança em relação aos índices do vírus?
O espírito será sempre o de liberar as atividades o quanto antes, mas respeitando os cuidados necessários recomendados pelos especialistas na Medicina e na Ciência.
L!: Pensa em promover campanhas de incentivo para que as pessoas do "grupo de risco" façam exercícios físicos em suas residências?
Vamos divulgar as boas práticas para que as pessoas se cuidem, dentro dos princípios da Medicina e da Ciência, mas respeitando a liberdade das pessoas. Também buscaremos cancelar as leis que atrapalham ou inibem o uso das instalações das academias nos condomínios ou edifícios residenciais.
L!: A pandemia afetou sensivelmente a rotina dos grandes clubes cariocas. Acredita que a Prefeitura possa contribuir de alguma forma para que as agremiações se recuperem economicamente? Como?
Não. Os clubes sabem o que fazer e não precisam da Prefeitura para isso. A politicagem que gera esse tipo de conduta prejudica muito a qualidade dos serviços que a Prefeitura deve, de fato, prestar, na saúde e na educação, por exemplo.
L!: Como pretende traçar o planejamento para a volta de público aos estádios e ginásios na cidade?
Não é papel da Prefeitura. Esse papel é dos clubes e das federações. Cabe à Prefeitura, com base na opinião dos especialistas da Medicina e da Ciência, cuidar para que os frequentadores tenham segurança de saúde para que esses eventos sejam liberados.
L!: Qual é a opinião do senhor sobre a construção de um autódromo na Floresta do Camboatá, considerada o último remanescente de Mata Atlântica em terras planas na cidade, para receber grandes eventos do automobilismo, como a Fórmula 1?
Não considero o autódromo prioritário para ser feito com qualquer contribuição de dinheiro público ou comprometimento de obras por parte da Prefeitura. Por outro lado, a Prefeitura deve sempre apoiar investimentos da iniciativa privada, desde que obtidas as licenças, incluindo as ambientais.
L!: Como o senhor avalia a gestão do legado olímpico? Se eleito, quais os planos para uso das instalações olímpicas que estão sob gestão da Prefeitura, como a Arena Carioca 3 e o Parque Radical de Deodoro?
Vamos fazer o maior esforço para atrair a iniciativa privada para utilizar estes equipamentos. Considero criminoso não ter havido um planejamento responsável antes da sua construção, prevendo a manutenção destes equipamentos sem gastos para a Prefeitura. A administração municipal precisa concentrar seus gastos principalmente em saúde e educação. Muito dinheiro foi gasto sem benefício para a maioria dos cariocas. Quem mais ganhou com a Olimpíada foram as empreiteiras arroladas na Lava Jato e o então secretário de Obras, que hoje está preso.
L!: Qual deve ser o modelo de gestão do Maracanã e dos equipamentos esportivos no seu entorno?
Tudo deve ser concedido aos clubes e à iniciativa privada. Manter estas estruturas às custas da Prefeitura ou de qualquer governo é desrespeitar a maioria dos 6,7 milhões de moradores da cidade, que não conseguem ter acesso a serviços públicos essenciais de qualidade.
BATE-BOLA
Pratica ou praticou algum esporte?
Sim, futebol e golfe.
Time de coração: Flamengo
Ídolos no esporte: Zico e Ayrton Senna
Quais são suas lembranças mais fortes ligadas ao esporte?
Os gols do Rondinelli e do Petkovic contra o Vasco.
Qual legado pretende deixar à cidade do Rio de Janeiro na área do esporte?
A prática disseminada do esporte, em parceria com as escolas municipais.
QUEM É ELE
Nome completo: Frederico Derzié Luz (NOVO)
Data e local de nascimento: 22/07/1953 - Rio de Janeiro (RJ)
Vice: Giselle Gomes (NOVO)
Ocupação declarada: Engenheiro
Valor total em bens declarados: R$ 4.742.058,08
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