Agência Minas
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou os nove primeiros meses de 2020 com um desembolso recorde em sua história: R$ 2,1 bilhões, alta de 162% em relação ao mesmo período de 2019. Do total liberado, 72% se deram por meio de recursos próprios, 27% foram provenientes de repasses de outras instituições e 1% de recursos de fundos.
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O segmento que apresentou maior crescimento do desembolso foi o de micro e pequenas empresas, que recebeu R$ 681,8 milhões, o quádruplo do liberado no mesmo período do ano passado e também recorde na história do Banco.
No acumulado do ano até setembro, o BDMG atendeu 10.014 clientes, entre empresas e prefeituras, alta de 167% sobre os nove primeiros meses de 2019 e outro recorde histórico para o período. Estes clientes estiveram distribuídos em 644 cidades, 85% delas com IDH menor do que a média brasileira.
“Desde o início da pandemia, implantamos uma estratégia de redução de taxas, desburocratização e abertura para renegociação de dívidas a fim de ampliar o colchão de liquidez do empreendedor mineiro. Incorporamos no nosso portfólio a operação de programas federais, como o Pronampe, e intensificamos o relacionamento com instituições internacionais a fim de captar mais recursos para financiar a recuperação econômica em bases mais sustentáveis e inclusivas. Os resultados recordes de desembolsos demonstram que o BDMG tem cumprido seu papel de banco de desenvolvimento neste momento desafiador, preservando sua sustentabilidade financeira”, comenta Sergio Gusmão, presidente do banco.
Impactos
Com base na metodologia Insumo-Produto (Fundação João Pinheiro), estima-se que a atuação do BDMG, no acumulado do ano até setembro, tenha estimulado 19,7 mil empregos e adicionado R$ 1,37 bilhão à produção mineira, além da geração de R$ 55 milhões de ICMS.
Cerca de 51% do volume total desembolsado no período tiveram sua destinação associada a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda global das Nações Unidas que orienta a macroestratégia de atuação do banco. Neste contexto, destacam-se os desembolsos de R$ 64 milhões para projetos de energia renovável (especialmente fotovoltaica), superiores em 83% aos do mesmo período de 2019. Quando em operação, estes projetos permitirão aumento de 27 MW da capacidade instalada de energia no estado, o suficiente para atender mais de 23 mil domicílios/ano e evitar a emissão de mais de 5.250 tCO2e/ano.
Em função da pandemia, o BDMG estruturou linhas especiais de crédito para atendimento ao setor de Saúde que contribuíram para que o desembolso para as empresas vinculadas a este segmento alcançasse R$ 169,2 milhões. Estes financiamentos foram destinados à criação e manutenção de leitos hospitalares, centros de saúde assistida, além de apoiarem a produção de kits de diagnóstico de para a covid-19, luvas descartáveis e outros materiais.
Outro destaque, igualmente sintonizado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, foram os desembolsos por meio da linha de crédito Empreendedoras de Minas. Voltada para micro ou pequenas empresas lideradas por mulheres, a iniciativa contemplou 752 empresas para as quais foram destinados R$ 30 milhões nos nove primeiros meses de 2020, alta de 23% sobre o mesmo período de 2019.
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