Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio
Os dados são da Sondagem Industrial, divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). De acordo com a economista da entidade, Daniela Muniz, depois dos mínimos históricos apurados em abril, quando do pico da pandemia no País, os índices têm se recuperado a cada mês.
Já o índice de utilização da capacidade instalada, segundo ela, marcou 48,3 pontos em agosto e ultrapassou o valor apurado em fevereiro (45,4 pontos), antes dos efeitos econômicos da pandemia. Mas o resultado seguiu inferior aos 50 pontos, mostrando que a indústria operou com capacidade de produção abaixo do habitual para o mês.
Em relação a julho (45,4 pontos), o indicador cresceu 2,9 pontos e, na comparação com agosto de 2019 (43,3 pontos), avançou 5 pontos. "Existe uma capacidade ociosa que vai ser ocupada, justamente, pela demanda que está crescente. No início da pandemia teve redução enorme de oferta, mas a demanda se manteve. Com isso, alguns setores apresentaram rápida recuperação e outros não. Mas a tendência é que isso se reequilibre nos próximos meses", avaliou.
De toda forma, Daniela Muniz lembrou que todo empresário precisa trabalhar com planejamento de estoques. Neste sentido, a Sondagem revelou que os níveis de estoque de produtos finais das indústrias diminuíram pelo quarto mês seguido, chegando ao índice de 46,2 pontos. Já o nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 46,6 pontos, ou seja, o patamar atual ficou abaixo do planejado para o mês.
Em relação às expectativas, a demanda marcou 62,2 pontos em setembro, avanço de 1,3 ponto frente aos 60,9 pontos de agosto. Esta foi a terceira vez que o índice superou os 50 pontos, indicando que os empresários esperam aumento da demanda nos próximos seis meses.
Já o índice de compras de matérias-primas chegou a 59,4 pontos em setembro. Ao ficar acima da linha de 50 pontos, mostrou expectativa de avanço no curto prazo. O indicador aumentou 4,5 pontos frente a setembro de 2019 (54,9 pontos) e foi o maior para o mês desde o início da série histórica.
Empregos
O índice de expectativa do número de empregados registrou 54,7 pontos neste mês, permanecendo acima dos 50 pontos pela terceira vez seguida, mostrando perspectiva de crescimento do emprego. Por fim, o índice de intenção de investimentos avançou pelo quinto mês consecutivo e chegou a 56,7 pontos.
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