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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Indústria de alimentos em Minas projeta alta nas vendas neste ano

A indústria de alimentos em Minas Gerais está superando os desafios provocados pela pandemia de Covid-19 e vai encerrar 2020 com crescimento nas vendas. Adotando protocolos eficientes para conter a disseminação do coronavírus, a indústria manteve o abastecimento do mercado interno, exportou e está planejando o futuro.

Por Michelle Valverde | Diário do Comércio

Por ser muito variados, de janeiro a julho, os diferentes setores apresentaram crescimento, que vão de 2% a 6%. Com a tendência de aumento da demanda por alimentos no mundo, o setor está aproveitando os juros baixos e o mercado firme para investir na modernização dos parques fabris e no aumento da capacidade.

Desvalorização do real frente ao dólar tem favorecido as vendas da indústria de alimentos mineiras nos mercados internos e externos | Crédito: ALISSON J. SILVA

De acordo com o presidente da Câmara de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Mário Morais Marques, apesar dos problemas causados pela pandemia de Covid-19, as indústrias de alimentos se adaptaram e estão conseguindo atender a demanda, que está em crescimento.

"Mesmo com a pandemia, a indústria de alimentos vem apresentando crescimento. Tive desafios, como o aumento dos preços das matérias-primas e a implantação de protocolos rigorosos para evitar a disseminação do vírus. A indústria está conseguindo fazer a sua parte e garantir o fornecimento de alimentos, que não parou. Os empresários se organizam e todas as indústrias adotaram o sistema de prevenção, de controle dos funcionários e da produção, o que foi essencial para garantir o abastecimento", disse.

Ainda segundo Marques, vários fatores vêm contribuindo para o bom desempenho das indústrias do setor. Dentre eles, um dos principais é a desvalorização do real frente ao dólar, que desestimulou as importações de alimentos, favorecendo a expansão da demanda pelos itens nacionais. Além disso, com o dólar elevado, os embarques do setor foram alavancados, uma vez que o produto brasileiro se tornou mais competitivo no mercado internacional.

"Estamos registrando alta na nossa demanda, por ser um setor muito variado, não temos um índice de crescimento geral, mas, todos os segmentos apresentaram alta nos primeiros sete meses do ano, diante do mesmo período de 2019, que vai de 2% a 6%, dependendo do ramo", disse.

Aportes 

Com a demanda elevada, o retorno financeiro e a tendência de manutenção dos pedidos em crescimento ao longo dos próximos anos, a indústria de alimentos do Estado está investindo em expansão e modernização das unidades.

"O momento é favorável e o setor está investindo. Além da demanda maior, como importações foram reduzidas e os juros estão baixos. Todos esses fatores garantem um maior ânimo da indústria para investimentos em automatização, na melhoria e aumento de produção, inclusive com a aquisição de novos e mais modernos equipamentos. A tendência é que o setor passe por um momento muito favorável de aumento da demanda. A população mundial está crescendo e necessitando de mais alimentos, por isso, a indústria mineira precisa aproveitar o momento para investir e conseguir atender a este mercado crescente", explicou Marques.

Expectativas 

Para o restante do ano, como expectativas em relação ao desempenho do setor são positivos. Com a retomada da maior parte das atividades econômicas, a tendência é de uma maior movimentação do mercado, o que pode gerar resultados melhores ainda para a indústria de alimentos.

"Nossas expectativas são extremamente positivas. Com como demais atividades econômicas voltando à normalidade, com certeza, esperamos um aumento na demanda".

Com os resultados positivos, Marques explica que a grande parte da indústria de alimentos manteve ou ampliou a mão de obra empregada, o que foi importante para o momento de crise. A tendência é que o setor continue ampliando o quadro de funcionários e investindo, contribuindo para a movimentação de diversos outros setores e para a retomada econômica do País.

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