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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Ganime vai à Fiocruz ver os preparaos para a fabricação da vacina contra o COVID

Nesta segunda (14), o líder da bancada do NOVO, Paulo Ganime (RJ), visitou a instituição para saber o que tem sido feito no combate à COVID-19, incluindo o desenvolvimento da vacina e de demais pesquisas sobre o tema.

Paulo Ganime | Deputado Federal (NOVO-RJ)


A visita foi realizada em quatro etapas: Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, Centro Henrique Penna (Bio-Manguinhos) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

Paulo Ganime, deputado federal; Micheli Gargalhone, coordenadora de gestão; Carla Campos, diretora do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz); e Maria Luiza Moreira, gestora do laboratório de Sorologia.
Foto: Peter Ilicciev (Fiocruz)

Ganime ressaltou a importância da instituição e disse confiar no trabalho realizado por ela. “Acredito muito no trabalho da Fiocruz. Tanto no combate à COVID-19, quanto em outros problemas de saúde pública que já enfrentamos, os estudos da instituição foram primordiais para que eles se adaptassem rápido à necessidades de momentos como o da pandemia”, disse o parlamentar.

Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz)

Meses após a descoberta do novo coronavírus, a doença segue intrigando cientistas e profissionais da área de saúde. Quanto mais cedo o vírus for diagnosticado, maiores são as chances de cura. No entanto, o percurso nas pesquisas está longe de acabar.

A diretora do ICTB/Fiocruz, Carla Campos, contou que a instituição está desenvolvendo um estudo que pode contribuir com a produção da vacina contra COVID-19. “A Fiocruz conta com a maior colônia de primatas não humanos voltada para uso científico da América Latina. Temos feito pesquisas que analisam qual o impacto do vírus nos pulmões da espécie macaco-de-cheiro”, explicou Campos.

Ela também apresentou a proposta de implementação da plataforma de testes pré-clínicos para COVID-19, um espaço físico que permitirá testagem nos modelos necessários, equipada com tecnologia de ponta. Segundo a equipe, o projeto será um divisor de águas para a ciência e a saúde pública no Brasil.

“Com esse projeto vamos possibilitar que nosso país seja auto suficiente no desenvolvimento de testes de vacinas e medicamentos, em apoio ao Sistema Único de Saúde – SUS e Complexo Econômico Industrial da Saúde – CEIS”, apontou a diretora. “Existe um gargalo grande no desenvolvimento científico-tecnológico e esse projeto vai ajudar a quebrar diversas barreiras”, finalizou.

Um dos pesquisadores do projeto, o veterinário Dr. Marcelo Pinto, reforçou que um dos entraves para que as pesquisas fluam de forma mais rápida é a infraestrutura, por isso a importância da plataforma. “Temos muitos materiais que precisam ser testados e isso depende de uma estrutura específica. Temos capacidade intelectual para produzir medicamentos ou vacinas, mas sem o ambiente adequado não é possível comprovar sua eficácia”, explicou.

O vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), Dr. Rodrigo Correa, enalteceu o poder científico do projeto apresentado por Campos. “O projeto é fundamental para elevar a Fiocruz a nível nacional. Será o complexo mais avançado em termos de experimentação animal, mas precisamos de investimento”, reforçou Correa.

O ICTB submeteu esse projeto ao edital de emendas parlamentares do Ganime. A ideia é ter um ambiente de testes com nível de segurança 3, o mais elevado, para poder realizar esse tipo de testes. Com nível 2, disponível hoje na instituição, apenas alguns testes são possíveis. Esse novo laboratório poderia ser utilizado por diversos pesquisadores de todo o país.

Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19

Logo que os primeiros casos de coronavírus no Brasil foram confirmados, a Fiocruz começou a trabalhar para dar respostas sobre o vírus. Foi criada a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da COVID-19, projeto que apoia os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e amplia a capacidade nacional de processamento de amostras, ação fundamental para a vigilância epidemiológica do vírus e o enfrentamento à pandemia.

A coordenadora de gestão do projeto, Micheli Gargalhone, orientou a visita e contou que o cuidado foi essencial na proteção aos trabalhadores do local. “Nosso cuidado e zelo em cumprir as normas foi essencial para que até a data de hoje não registrássemos quaisquer colaboradores infectados por este patógeno”, frisou.

O espaço foi construído em 45 dias e tem 2700m², conta com extensa capacidade para processar diariamente até 20 mil testes, sendo 15.000 no Laboratório de Biologia Molecular, que funciona 24h/dia e 5.000 no Laboratório de Sorologia, que atualmente só opera 12h/dia. No entanto, os laboratórios têm feito cerca de 3 a 4 mil testes diários, como contou a gestora do laboratório de Biologia Molecular, Camila Guindalini.

“Infelizmente ainda não trabalhamos com nossa capacidade máxima total e seria bom se conseguíssemos fazer testagem em massa. Atualmente, junto com o Laboratório de Biologia Molecular, temos capacidade de processar 20 mil amostras por plantão. Temos quatro máquinas trabalhando 24 horas por dia, todos os dias. Temos tecnologia aqui para verificar a existência de diversas doenças”, contou Maria Luiza Moreira, gestora do laboratório de Sorologia.

Centro Henrique Penna (Bio-Manguinhos)

Recebido pelo Chefe de Gabinete de Bio Manguinhos, Dr. Daniel Godoy e pelo Diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Dr. Maurício Zuma, o líder da bancada do NOVO conheceu o Centro Henrique Penna – Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico. O local abriga a maior planta de protótipos (laboratório necessário para formular medicamentos e vacinas) da América Latina e trabalhará na produção da vacina contra COVID-19.

De acordo com Zuma, a vacina está perto de ter sua produção iniciada, em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca (detentora dos direitos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford). O diretor completou dizendo que as primeiras doses da vacina devem ser disponibilizadas já no primeiro semestre de 2021.

“Vamos começar a produção em dezembro deste ano. Estamos trabalhando para internalizar a tecnologia de formulação e envase do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina contra a COVID-19 em Bio-Manguinhos. Aguardamos a chegada dos equipamentos para começarmos os trabalhos”, revelou.

Godoy apresentou o espaço onde será o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), que será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina. Com ele será possível ampliar o fornecimento de vacinas e biofármacos para o Sistema Único de Saúde. “Queremos o quanto antes mostrar todo o nosso potencial para a população, pois estamos a serviço do SUS”, disse o chefe de gabinete.

Inicialmente serão 100.000 doses compradas da AstraZeneca, que a Fiocruz receberá em granel e será responsável pelo desmembramento e envase. Na segunda fase a própria Fiocruz irá produzir as vacinas a partir do princípio ativo também adquirido da AstraZeneca.

Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz)

Para finalizar o circuito de visitas, Paulo Ganime, foi recebido no INI/Fiocruz por Pablo Quesado, assessor em gestão hospitalar da direção do instituto, para conhecer as instalações do Centro Hospitalar para a Pandemia de COVID-19 – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas.

O espaço conta com 195 leitos exclusivos de tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes graves infectados e, segundo o assessor, 104 estão em uso. Quesado esclareceu que para conseguir um leito no local é preciso passar primeiro pela triagem ambulatorial do SUS. “A porta de entrada é a Central Estadual de Regulação do estado e do município. Não temos atendimento primário”, disse.

Construído em regime emergencial pelo Ministério da Saúde, o hospital possui características específicas que o diferem das demais unidades de campanha construídas em outros pontos do estado. Como por exemplo, os leitos contam com um sistema de isolamento com pressão negativa do ar, específico para infecções por aerossóis.

De acordo com Quesado, cada quarto tem tubulação para sugar o ar contaminado para um filtro, eliminando os resíduos por um tipo de “chaminé” instalada na parte externa da construção. “A pressão negativa é essencial para um hospital de infectologia. Contamos com um sistema de exaustão que filtra o ar contaminado, sendo este trocado de 10 a 12 vezes por hora”, explicou.

Após a visita às instalações do hospital, Ganime afirmou que “foi muito bom conhecer a estrutura do Centro Hospitalar e saber como são tratados os pacientes com COVID-19. Constatamos que aqui houve agilidade para responder às demandas da pandemia”.

O líder do NOVO finalizou dizendo que “é incrível conhecer uma instituição tão importante, com uma infraestrutura impressionante, que conseguiu se adequar rapidamente à realidade da pandemia. O carioca passa diariamente na porta, trafegando pela Avenida Brasil, mas poucos conhecem o trabalho que é feito aqui. Pesquisas e tecnologias que podem mudar a vida das pessoas”.

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