Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Segundo os dados do 2º Levantamento da Safra 2020/21 de Cana-de-açúcar, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção mineira de açúcar será 47,8% maior e a de etanol total 18,2% inferior.
Maior rentabilidade do açúcar frente ao etanol tem favorecido opção de usinas pelo adoçante | Crédito: Emmanuel Foudrot/Reuters |
Em Minas Gerais, a área em produção de cana-de-açúcar está 5,1% superior, somando 862,4 mil hectares. A produtividade esperada para o Estado é de 83,6 toneladas de cana por hectare, volume que está praticamente estável, com pequena variação positiva de 0,5% frente ao rendimento observado na safra anterior.
Em relação ao açúcar, a demanda maior no mercado mundial e a desvalorização do real frente ao dólar, o que favorece as exportações, tornaram a rentabilidade melhor para o produto quando comparado com o etanol. Desta forma, a produção mineira deve atingir 4,7 milhões de toneladas, volume 47,8% superior as 3,19 milhões de toneladas produzidas na safra passada. Neste ano, a estimativa é destinar 35,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para a produção do adoçante, o que está 47,6% maior que o destinado anteriormente.
Já no etanol total, é esperada retração de 18,2% na produção, que foi estimada em 2,93 bilhões de litros. Para a produção do biocombustível, serão esmagadas 36,3 milhões de toneladas de cana, queda de 18,3%.
A produção de etanol anidro deve alcançar 887,3 milhões de litros, 13,2% menor. Queda também é esperada na produção de etanol hidratado. A previsão é de um recuo de 20,2%, com a fabricação de 2,05 bilhões de litros.
Clima seco
De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, o levantamento da Conab está condizente às expectativas do setor, porém, devido ao clima seco, existe a chance de a produção ficar entre 69,5 milhões e 70 milhões de toneladas de cana.
“Ressalvo que é possível alcançar as 72,1 milhões de toneladas de cana na safra atual, mas nós estamos enfrentando algumas dificuldades, como o clima seco em muitas regiões. Ainda não temos muita certeza de como a safra irá caminhar, mas trabalhamos com um volume de 69,5 milhões a 70 milhões de toneladas”, disse Campos.
Ainda segundo o representante da Siamig, a colheita da safra mineira já ultrapassou a metade. No acumulado da safra até 1º de agosto, o processamento da cana chegou a 38,7 milhões de toneladas, equivalente a 55,7% da estimativa, um crescimento de 7% sobre o mesmo período da safra 2019/2020.
A produção de açúcar, em Minas Gerais, apresentou aumento de 54% quando comparado com o mesmo período do ano passado, com um volume de 2,47 milhões de toneladas.
A produção de etanol está caindo 12%, totalizando 1,5 bilhão de litros, frente a 1,7 bilhão da safra passada. No acumulado, o mix de produção está mais açucareiro que na safra passada, atingindo 50%, acima dos 36% de 2019. A qualidade da matéria-prima está 4% acima do ano passado, totalizando 133,1 quilos de açúcar por tonelada de cana (ATR/tc).
De acordo com Campos, a queda na produção de etanol está condizente com a demanda, que recuou cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução se deve à crise provocada pela pandemia e ao isolamento social. A expectativa é de uma retomada gradual do mercado do etanol, que será puxada pela elevação dos preços da gasolina, o que vai deixar os preços do biocombustível mais acessíveis até o final da safra.
Além disso, com a retomada das atividades econômicas, o uso dos veículos está maior. Outra tendência é a redução do uso do transporte público, devido ao receio de contaminação pelo Covid-19, o que vai estimular o transporte individual.
Cota de importação
“Ressalvo que é possível alcançar as 72,1 milhões de toneladas de cana na safra atual, mas nós estamos enfrentando algumas dificuldades, como o clima seco em muitas regiões. Ainda não temos muita certeza de como a safra irá caminhar, mas trabalhamos com um volume de 69,5 milhões a 70 milhões de toneladas”, disse Campos.
Ainda segundo o representante da Siamig, a colheita da safra mineira já ultrapassou a metade. No acumulado da safra até 1º de agosto, o processamento da cana chegou a 38,7 milhões de toneladas, equivalente a 55,7% da estimativa, um crescimento de 7% sobre o mesmo período da safra 2019/2020.
A produção de açúcar, em Minas Gerais, apresentou aumento de 54% quando comparado com o mesmo período do ano passado, com um volume de 2,47 milhões de toneladas.
A produção de etanol está caindo 12%, totalizando 1,5 bilhão de litros, frente a 1,7 bilhão da safra passada. No acumulado, o mix de produção está mais açucareiro que na safra passada, atingindo 50%, acima dos 36% de 2019. A qualidade da matéria-prima está 4% acima do ano passado, totalizando 133,1 quilos de açúcar por tonelada de cana (ATR/tc).
De acordo com Campos, a queda na produção de etanol está condizente com a demanda, que recuou cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução se deve à crise provocada pela pandemia e ao isolamento social. A expectativa é de uma retomada gradual do mercado do etanol, que será puxada pela elevação dos preços da gasolina, o que vai deixar os preços do biocombustível mais acessíveis até o final da safra.
Além disso, com a retomada das atividades econômicas, o uso dos veículos está maior. Outra tendência é a redução do uso do transporte público, devido ao receio de contaminação pelo Covid-19, o que vai estimular o transporte individual.
Cota de importação
Com a queda da demanda, os estoques de etanol estão elevados e a recuperação do mercado é considerada essencial para a saúde financeira do setor. Diante do cenário, o setor sucroalcooleiro de Minas Gerais é contrário à renovação da cota de importação de etanol dos Estados Unidos sem taxação. A cota de 750 milhões de litros anuais isenta de tributos será encerrada dia 31 de agosto. Para Campos, a renovação poderia prejudicar a indústria nacional. Ele defende a cobrança da taxa de 20% sobre o biocombustível importado.
“Os EUA podem utilizar o etanol excedente ampliando a porcentagem do biocombustível na gasolina utilizada. Estamos com os estoques elevados e a importação sem tributos seria prejudicial. Acredito que o governo brasileiro tomará a melhor decisão, esperamos que valorize a indústria nacional”, disse Campos.
“Os EUA podem utilizar o etanol excedente ampliando a porcentagem do biocombustível na gasolina utilizada. Estamos com os estoques elevados e a importação sem tributos seria prejudicial. Acredito que o governo brasileiro tomará a melhor decisão, esperamos que valorize a indústria nacional”, disse Campos.
Avental |
Avental foi feito na Escola de Moda, um projeto da AAMAE que atende mais de mil famílias e crianças de comunidades carentes de Suzano, SP. Muitas destas crianças, inclusive, vítimas de abusos e violências. Além do acolhimento, da alimentação e de dinâmicas educacionais, a AAMAE desenvolve também um programa de suporte ao empreendedorismos para as famílias.
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