Se por um lado a crise global instaurada pelo novo coronavírus (Covid-19) coloca a Sigma Mineração em estado de alerta sobre a demanda por concentrado de óxido de lítio no curto prazo, por outro faz com que a companhia amplie o projeto no Vale do Jequitinhonha.
Vislumbrando o aumento da procura pelo insumo para baterias de carros elétricos no período pós-pandemia, a companhia já deu início ao licenciamento ambiental da segunda fase do complexo, que deverá consumir aportes superiores a R$ 200 milhões.
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As informações são de Ana Cabral, membro do Conselho de Administração da Sigma. “Nosso cliente final é a indústria automobilística que, neste momento, enfrenta grandes desafios em função do novo coronavírus, uma vez que as pessoas estão focadas na saúde e na preservação de seus empregos e renda. No entanto, quando consideramos o médio e o longo prazos, vislumbramos uma demanda potencial para processos industriais e produtos verdes. E, neste ponto, saímos na frente”, ressaltou.
A primeira fase do projeto da Sigma prevê a produção de 220 mil toneladas de concentrado de lítio grau bateria ao ano, a partir das minas localizadas nos municípios de Itinga e Araçuaí, e planta em Itinga, no Jequitinhonha. Até o momento, conforme Ana Cabral, já foram investidos R$ 195 milhões e ainda restam outros R$ 452 milhões.
O valor inicialmente projetado para esta fase era de R$ 500 milhões, mas em virtude da valorização cambial, saltou para R$ 647 milhões.
“O projeto está tomando uma dimensão maior, por isso já estamos planejando o segundo módulo, visando ampliar a capacidade total do projeto. As 440 mil toneladas projetadas representam cerca de 20% do mercado total de 2019. Essa proporção evidentemente será menor nos próximos anos. O potencial é muito grande, tendo em vista a absorção do mercado e a área de mais 18 mil hectares e mais de 200 corpos minerais catalogados pela Sigma no Norte mineiro”, explicou.
Assim, a primeira fase que já está em implantação, entra em operação em meados de 2021. A planta inicial vai produzir 220 mil toneladas de concentrado de lítio/ano. Já a segunda etapa vai elevar a produção em mais 220 mil toneladas anuais, com os investimentos sendo realizados em 2022 e início das operações em 2023.
Conforme a integrante do conselho de administração da companhia, todo o planejamento está sendo feito com cuidado e em alinhamento com o mercado de veículos elétricos e consumidor de baterias para armazenamento de carga, já que o óxido de lítio é uma das principais matérias-primas para o setor.
Mercado promissor
Ana Cabral destacou ainda que o projeto da Sigma introduz o Brasil e Minas Gerais num mercado promissor e de alto valor agregado, o de fabricação de baterias de lítio para veículos elétricos, e no armazenamento de energia limpa, das usinas eólicas e solares.
As minas da Sigma em Itinga, entre elas a principal reserva, batizada de Xuxa, estão localizadas na região conhecida como Grota do Cirilo e são consideradas reservas de classe mundial.
“O concentrado pré-químico que vamos produzir poucas empresas estão habilitadas a entregar no mundo, principalmente considerando todo o processo ambientalmente responsável, com processamento a seco, eliminando as barragens de rejeitos, e a reciclagem de 90% da água usada no processo industrial. E o governo de Minas também tem sido fundamental neste processo, proporcionando o fortalecimento de toda a cadeia do lítio no Estado”, ressaltou.
As minas da Sigma em Itinga, entre elas a principal reserva, batizada de Xuxa, estão localizadas na região conhecida como Grota do Cirilo e são consideradas reservas de classe mundial.
“O concentrado pré-químico que vamos produzir poucas empresas estão habilitadas a entregar no mundo, principalmente considerando todo o processo ambientalmente responsável, com processamento a seco, eliminando as barragens de rejeitos, e a reciclagem de 90% da água usada no processo industrial. E o governo de Minas também tem sido fundamental neste processo, proporcionando o fortalecimento de toda a cadeia do lítio no Estado”, ressaltou.
Boné Preto |
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