Os números mostram que a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes pelo coronavírus em Minas é de 0,7, e no Mato Grosso é de 0,5
Por Natália Oliveira | O Tempo
Minas Gerais é o segundo Estado do Brasil com a menor taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes pelo novo coronavírus (Covid-19), segundo dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados neste sábado (16). O Estado fica atrás apenas do Mato Grosso do Sul.
Vista aérea do sepultamento em massa no Cemitério Parque Tarumã em Manaus | MICHAEL DANTAS / AFP |
Os números mostram que a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes pelo coronavírus em Minas é de 0,7 e no Mato Grosso do Sul é de 0,5. O Estado que tem a taxa mais alta do país é o Amazonas com 33,2, seguido pelo Ceará com 17,7 e Pernambuco com 15,3. No Brasil essa taxa é de 7,4.
Nos Estados do Sudeste os números também são bem mais altos que em Minas. O Rio de Janeiro é o que tem a taxa mais alta por 100 mil habitantes na região com 15,1, depois vem São Paulo (10,2) e depois o Espírito Santo com 6,7.
Em relação a taxa da incidência da doença a cada 100 mil habitantes, Minas também é o segundo Estado com os números menores. Em MG a taxa é de 21,1 e também o Mato Grosso do Sul tem o menor registro com 18,3. A incidência mais alta por habitantes é no Amazonas com 474,8.
Mortes em Minas
Em Minas Gerais, os dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que já há 156 pessoas mortas no Estado, 4.611 casos confirmados, sendo que 2.203 casos acompanhados e 2.252 pessoas se recuperaram.
Apesar da baixa taxa de mortalidade, vale lembrar que o Estado demora até 16 dias para computador os dados. Um homem, de 64 anos, que morreu no dia 1º de maio, só teve a morte inserida na lista de óbitos do Estado neste domingo (17).
Exames
Em relação aos exames para o novo coronavírus, o boletim epidemiológico mostra que já foram feitos 17.594 exames na rede pública e que atualmente são aguardados 642 resultados.
Veja o que diz a secretaria sobre a taxa e sobre a demora na contabilidade das mortes:
As ações do Governo para enfrentamento ao coronavírus, iniciadas mesmo antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar a doença como pandemia, estão sendo fundamentais para evitar o colapso do sistema de saúde em Minas Gerais.
Destacamos que Minas é um dos estados brasileiros com melhor estrutura do sistema de saúde. Apenas 7% dos leitos de UTI estão ocupados com pacientes suspeitos ou com confirmação de Covid-19.
Importante ressaltar, ainda, que estado conta com um Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), formado por equipe técnica, que acompanha diariamente o cenário da pandemia em Minas. Inclusive, antes do primeiro caso confirmado no país, o Governo já havia iniciado seu Plano de Contingência, por meio do COES.
No dia 19 de março, quando a doença já estava instalada no país e com transmissão comunitária, o Estado também anunciou um pacote de medidas de restrição de circulação de pessoas para impedir o avanço do covid-19.
Desde então, ao longo dos meses de março e abril, o estado tem ampliado suas medidas e ações para enfrentar a Covid-19. Com esse objetivo, o Governo de Minas, por meio da Polícia Militar, buscou respiradores em desuso por falta de manutenção em vários municípios. Mais de 400 equipamentos já foram recolhidos e estão sendo devidamente consertados por empresas parceiras como Senai, Fiat e Arcelor Mittal. Além disso, o Governo de Minas está adquirindo novos 1.047 respiradores, que vão totalizar R$ 51 milhões.
O estado conta também com o plano “Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo” que pretende orientar a retomada segura das atividades econômicas nos municípios do estado.
A proposta criada pelo Governo de Minas Gerais, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Saúde (SES-MG), sugere a retomada gradual de comércio, serviços e outros setores, tendo em vista a necessidade de levar a sociedade, gradualmente, à normalidade, através de adoção de um sistema de critérios e protocolos sanitários, que garantam a segurança da população.
De forma geral, destacamos que o distanciamento social vem sendo a estratégia mais efetiva que se tem até o momento para evitar o aumento no número de casos. Além disso, a adesão dos mineiros a cuidados básicos, como o uso da máscara, que auxilia no distanciamento, a higienização das mãos com frequência, evitando levá-las ao rosto trazem benefícios efetivos para a sociedade.
No que se refere à notificação de casos, esclarecemos que, assim que o caso suspeito é identificado pelo serviço de saúde, é realizada uma triagem com este paciente de acordo com dados clínicos e epidemiológicos, auxiliando na tomada de conduta de interação ou isolamento domiciliar. O profissional de saúde entra em contato com o CIEVS-Minas ou Unidade Regional de Saúde para discussão do caso.
Definido como caso suspeito, o município preenche um formulário com os dados do paciente denominado RedCap, específico do Ministério da Saúde. Através deste formulário é gerado todo o banco de dados do Coronavírus no Estado.
O COES Coronavírus analisa esse banco de dados diariamente, reclassifica os casos, solicita novas informações ao município e faz o cruzamento dos resultados de exames laboratoriais. Por esta razão, divergências pontuais entre os municípios e os casos já computados pela SES-MG, podem ocorrer.
A Secretaria entende que em qualquer epidemia, de qualquer lugar do mundo, há uma diferença entre a notificação e a realidade, até mesmo porque há muitas pessoas que têm a doença e não sentem nada e não procuram o serviço médico.
De todo modo, a SES reforça que o foco de toda a equipe tem sido em adotar as medidas necessárias para o enfrentamento à Covid 19, bem como orientar e coordenar da melhor maneira possível as ações de todos os municípios mineiros.
Polo Branca (Masculina) |
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