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terça-feira, 14 de abril de 2020

Site de vendas de produtos da agricultura familiar substitui feiras livres em Capelinha (MG)

Iniciativa da Emater-MG em cidade no Jequitinhonha foi adotada como prevenção à Covid-19


Agência Minas

“Faça o seu pedido e receba em casa”. Esse é o recado simples e direto do site www.centraldafeira.com.br. O portal de delivery de produtos da roça, foi criado em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, para substituir as feiras da agricultura familiar que eram realizadas no município, duas vezes por semana.

Site de vendas de produtos da agricultura familiar substitui feira ...

As feiras foram suspensas pelo governo municipal para evitar aglomerações, consideradas fatores de risco para a disseminação do novo coronavírus. Elas aconteciam aos sábados e às quartas-feiras, em bairros da cidade.

A iniciativa é fruto de uma parceria do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura.

O objetivo é manter a comercialização de produtos frescos, como verduras, legumes, frutas e queijos, entre outros itens da agricultura familiar. A ideia é garantir renda aos produtores e atender à demanda dos consumidores da cidade. Para comprar, basta acessar o site Central da Feira, escolher a mercadoria e entrar em contato com o produtor de interesse.

“Diante do cenário da pandemia, do fechamento dos canais de comercialização, era preciso atender aos agricultores que nos procuravam precisando vender seus produtos, e às pessoas da cidade que ficaram sem acesso a esses alimentos saudáveis, comprados direto do produtor”, explica a extensionista de Bem-estar Social do escritório local da Emater-MG, Dulce Maria Silva Arantes.

O projeto foi inspirado na experiência da feira on-line, implantada em Janaúba, no Norte de Minas. “Fiquei encantada com o trabalho em Janaúba. Procurei o secretário municipal de Agricultura e, juntos, fizemos um levantamento dos possíveis agricultores que teriam condições de participar. Entramos em contato com eles e ficou acertado que todos praticassem os mesmos preços. Até agora, o resultado é positivo e os agricultores estão satisfeitos”, afirma.

Aprovação

A agricultora familiar Valdirene Rodrigues de Freitas, da comunidade Poço Dantas, é uma das produtoras de hortaliças e frutas que está participando da Central da Feira. Para ela, a iniciativa também uma maneira de ajudar os moradores da cidade. “O projeto está sendo bom e as entregas estão dando muito certo”, afirma.

Outra agricultora familiar, Natalina Xavier, proprietária do Sítio Santa Fé, que trabalha com hortaliças em Capelinha, está muito otimista com a feira on-line. “A Central da Feira nos ajudou muito, pois ficamos sem meios de comercializar os nossos produtos, devido à triste realidade do coronavírus. Os meus pedidos on-line aumentaram bastante. Podemos atender os consumidores, sem colocar a saúde da população em risco, evitando aglomerações”, argumenta.

A plataforma Central da Feira começou com o cadastramento de 14 produtores, mas a ideia é abrir para a participação de mais agricultores familiares, segundo o secretário municipal de Agricultura, Sidemir Valério. “Temos intenção de aumentar o número de produtores cadastrados, pois os que participam estão fazendo excelentes vendas”, afirma.

De acordo o secretário, a agropecuária é importante fonte de renda do município. “Quase todo o nosso PIB vem dos produtores, principalmente da agricultura familiar. Essa é uma ferramenta que vai ajudar a escoar a produção e fomentar a renda das famílias”, justifica.

Dados da Emater-MG mostram que Capelinha tem 2.553 agricultores familiares. As principais atividades desenvolvidas são o cultivo de café, feijão e milho, além de fruticultura e olericultura. A pecuária de leite e a apicultura também são práticas executadas no município mineiro.

Ecobag jeans

Ecobag jeans


Ecobag feita na Escola de Moda, um projeto da AAMAE que atende mais de mil famílias e crianças de comunidades carentes de Suzano, SP. Muitas destas crianças, inclusive, vítimas de abusos e violências. Além do acolhimento, da alimentação e de dinâmicas educacionais, a AAMAE desenvolve também um programa de suporte ao empreendedorismos para as famílias.

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