O empresário João Amoêdo, liderança do Partido NOVO, disse hoje que o governo federal não pode transformar medidas temporárias de estímulo à economia durante a pandemia do coronavírus em ações permanentes de governo
Do UOL, em Brasília
Segundo Amoêdo, no Brasil há a tradição, e o risco, de medidas do tipo servirem para beneficiar apenas alguns setores, em detrimento de toda a população.
"A gente não pode transformar medidas temporárias em medidas definitivas", disse o empresário. "No Brasil essa tem sido a tradição, de grupos privilegiarem interesses, onde a conta sempre fica para o mais pobre", afirmou Amoêdo.
O líder do Novo fez a afirmação durante sua participação no UOL Debate de hoje. Amoêdo foi candidato à Presidência da República pelo partido em 2018.
Entre as medidas econômicas já anunciadas pelo governo durante a crise do coronavírus estão a flexibilização dos metas fiscais, a possibilidade de redução de jornada de trabalho com corte de salário e a prorrogação do pagamento de tributos.
O empresário também defendeu que o governo federal não pode banir todo o custo do pacote de socorro emergencial aos estados e municípios.
"É importante se ajudar os estados e municípios, mas isso não pode ser feito de uma forma onde todo o que fique ônus para o governo federal, sem nenhuma contrapartida", disse Amoêdo.
"Existe hoje uma demanda de estados e municípios de transferir toda a perda de receitas para o governo federal, de buscar empréstimos adicionais, de deixar de pagar a dívida com o governo federal. E, em contrapartida, não fazer nada de redução de custos nas suas próprias estruturas, que a gente sabe que são inchadas", afirmou o político do Novo.
Também participaram do UOL Debate de hoje a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o senador Major Olimpio (PSL-SP) e o empresário João Amoêdo (Novo). A mediação fica a carga da colunista do UOL Thaís Oyama.
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