Equipe do Arquivo Público Mineiro e da Diretoria de Museus foi enviada à cidade para orientar trabalhos de contenção de danos em acervos locais
Agência Minas
As chuvas que atingem Minas Gerais desde o início do ano já levaram 211 municípios a declarar estado de emergência. Em Carangola, na Zona da Mata mineira, os temporais do final de janeiro causaram diversos estragos, incluindo danos ao patrimônio cultural, como a inundação do Museu e Arquivo Histórico Municipal. Com isso, as autoridades municipais solicitaram auxílio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Cultuais (SBMAE), para o trabalho de recuperação de documentos e objetos atingidos pela enchente.
Crédito: Secult / Divulgação |
O diretor do Arquivo Público Mineiro, Thiago Veloso, a conservadora e restauradora do Arquivo Público Mineiro, Diane de Almeida, e a museóloga da Diretoria de Museus da SBMAE, Pollyana Machado, estiveram em Carangola para avaliar os materiais e orientar a recuperação do acervo do Museu e Arquivo Histórico Municipal.
“A situação era urgente, inclusive com grande possibilidade de perda de valor no acervo arquivístico e museológico”, relata Pollyana.
No acervo documental comprometido estavam alguns dos primeiros periódicos da cidade, rolos de filmes, centenas de caixas de documentação em papel, livros, álbuns e outros documentos que remetem à memória carangolense.
Recuperação emergencial
A equipe da Secult iniciou os trabalhos de recuperação do acervo no dia 10/2, orientando e ajudando voluntários e servidores da Secretaria Municipal de Cultura e do Museu e Arquivo Histórico da cidade. Foram empregados procedimentos para conter os danos, considerando os recursos disponíveis para uma medida emergencial.
A ação consistiu, também, em conter a umidade sobre o acervo, evitando a proliferação de organismos nocivos aos suportes dos documentos e objetos, para possibilitar a futura higienização dos mesmos. “Recomendamos, ainda, que a parte do acervo arquivístico e museal que não foi atingida seja retirada do local, devido à precariedade do prédio e aos novos riscos de inundações”, apontou Thiago Veloso.
De acordo com o diretor do Arquivo Público Mineiro, posteriormente a Secult enviará um relatório à Secretaria de Cultura de Carangola contendo recomendações e diretrizes para continuar o processo de salvaguarda do acervo, não apenas em caso de emergências, mas envolvendo ações preventivas. Entre elas está, por exemplo, a mudança do layout do espaço de armazenamento para melhor preservação dos materiais.
“A conservação preventiva e a adoção de boas práticas institucionais, tanto para Arquivos e Museus, quanto para a formulação de políticas públicas neste tema, são fundamentais para evitar o comprometimento do patrimônio cultural e a memória local”, destaca Veloso.
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