Estudo apoiado pela Fapemig encontrou substâncias benéficas e funcionais para humanos na espécie de amendoim
Agência Minas
Uma pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) identificou potenciais funcionais na fruta chichá (Sterculia striata), uma espécie de amendoim mais conhecida como amendoim-de-pau ou amendoim-de-macaco.
Uma pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) identificou potenciais funcionais na fruta chichá (Sterculia striata), uma espécie de amendoim mais conhecida como amendoim-de-pau ou amendoim-de-macaco.
Planta estudada foi coletada na região de Januária, no Norte de Minas Gerais | Divulgação / Sarah Prates |
O estudo foi desenvolvido pela pesquisadora Sarah Prates durante o seu mestrado no Programa de Pós-graduação em Ciência de Alimentos da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenado pela professora Maria das Graças Lins Brandão.
O objetivo foi avaliar o potencial bioativo das amêndoas do chichá, com intenção de aproveitar o fruto como alimento funcional e disponibilizar mais informações e conhecimentos para sociedade.
A planta estudada foi coletada na região de Januária, no Norte de Minas Gerais, área de proteção Ambiental Rio Pandeiros. Já os experimentos foram realizados na própria UFMG.
Durante o desenvolvimento do estudo, os pesquisadores encontraram no chichá a presença de rutina - um compostos bioativos que estão entre os antioxidantes naturais mais eficazes.
“A rutina possui ação oxidante, anti-inflamatória, antiviral e anticancerígena. Algumas análises já demonstraram seus efeitos benéficos no tratamento de várias doenças, incluindo hepatotoxicidade, doenças gastrointestinais e diabetes”, afirma Sarah.
A pesquisadora ainda lembra que há estudos em animais que sugerem que a rutina é um fármaco eficiente no tratamento da isquemia encefálica e da doença inflamatória intestinal.
Além dessa substância, no óleo extraído da amêndoa do chichá também foi encontrada uma predominância de ácidos graxos insaturados que, ao serem consumidos, podem ser convertidos em energia para o corpo humano.
Sarah Prates reforça que a pesquisa é significativa porque, além de disponibilizar informações importantes sobre a fruta, que é pouco conhecida, foi possível caracterizá-la como um alimento com potencial funcional. Além disso, pode ser uma maneira de resguardar a planta.
“O mais importante deste estudo é poder, através dos resultados alcançados, disponibilizar informações e conhecimento que possam contribuir para a preservação e conservação desta planta. Considerando, principalmente, que é uma nativa do nosso país e, infelizmente, está ameaçada de extinção”, afirma. No entanto, mais estudos devem ser realizados com a fruta e com o seu óleo, para avaliar os efeitos do seu consumo e o impacto nutricional.
O chichá
O chichá é uma árvore que pode chegar até 20 metros de altura, tendo flores vermelhas. Seus frutos são uma espécie de cápsula verde, que fica vermelha quando madura. Ao amadurecer, esse invólucro se abre e expõe partes comestíveis, são semelhantes a amêndoas de cor preta.
Divulgação / Sarah Prates |
A fruta está distribuída em todas as regiões do Brasil, principalmente na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica e com exceção da região Sul. Segundo a pesquisadora, os moradores da região em que foram coletadas amostras relataram consumir a amêndoa in natura e torrada, mas ainda não há um cultivo agrícola da planta na área.
Avental + tábua |
Kit contendo um Avental e uma Tábua feito na Escola de Moda, um projeto da AAMAE que atende mais de mil famílias e crianças de comunidades carentes de Suzano, SP. Muitas destas crianças, inclusive, vítimas de abusos e violências. Além do acolhimento, da alimentação e de dinâmicas educacionais, a AAMAE desenvolve também um programa de suporte ao empreendedorismos para as famílias.
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