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‘Não existe almoço grátis’, diz Romero Reis

O atual presidente da RD Engenharia, contou em entrevista à jornalista Tatiana Sobreira, os planos futuros e detalhes sobre sua candidatura


Carol Givone | Em Tempo

Manaus – Durante entrevista à WEBTV EM TEMPO, Romero Reis (NOVO), pré-candidato oficial ao pleito municipal da cidade, destacou sua visão estratégica para um futuro mandato. 

"O gestor público deve ser alguém com experiência, idônea que deve ser submetida a um processo seletivo adequado a exigência do cargo. Ele deve ser questionado sobre quais planos vai tomar para aumentar o patamar da sua pasta", diz Reis
"O gestor público deve ser alguém com experiência, idônea que deve ser submetida a um processo seletivo adequado a exigência do cargo. Ele deve ser questionado sobre quais planos vai tomar para aumentar o patamar da sua pasta", diz Reis | Foto: Divulgação

O empresário, pretende seguir um planejamento baseado em sua experiência no mundo corporativo e dos conhecimentos adquiridos, como vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico da Cidade de Manaus (Codese). Reis também foi oficial do Exército Brasileiro e atualmente, vive há cerca de 28 anos na cidade e o atual presidente da RD Engenharia, contou em entrevista à jornalista Tatiana Sobreira os planos futuros, e detalhes sobre sua candidatura.

Em Tempo: Você levou muito tempo para tomar a decisão de ser pré-candidato ao pleito municipal? Como esse processo aconteceu?

Romero Reis:
“Eu nunca pensei em participar da política, mas a evolução da sociedade despertou em mim o desejo de transformar a sociedade naquilo que é ideal. Isso só ocorre ao longo de uma construção coletiva. Esse ideal que desejamos, não é um plano individualizado. É necessário olhar a política, não como uma escada para o poder; pois nem projeto de poder possuímos. Devemos enxergar o meio político, como uma maneira de melhora a condições de vida das pessoas, especialmente em Manaus, na periferia. Lá você percebe a cidade é complexa, com cerca de 2 milhões de habitantes, que cresce desordenadamente em modo horizontal. Lá os serviços públicos não conseguem acompanhar as demandas da população. Existem muitas maneiras de resolver essa situação; usando a tecnologia, montando um time qualificado e dialogando com as pessoas e ser firme na execução daquilo que se é capaz de ser”.

ET: Você já imaginava sair do lado empresarial para atuar como um agir dentro do serviço público?

RR:
Conforme o amadurecemos, ganhando uma bagagem de experiência e liderança, não faz sentido manter isso apenas com você, sem dividir com ninguém. Disponibilizar esses conhecimentos à sociedade que você é apaixonado, dá um sentido à vida e o que me desafia. Por isso estou aqui e quero ajudar a construir uma cidade melhor para todos.

ET: Quais são as suas diferenciações em relação à políticos tradicionais e iniciantes sem experiência nenhuma? Você poderia dizer que te diferencia deles?

RR:
“Antes de falar de mim, preciso citar o ‘Novo’, partido ao qual sou filiado, nele os valores e preceitos seguidos defendem o livre mercado, o que eu acredito ser ideal para a sociedade. Pois ‘graças a Deus’, o Brasil é um país capitalista e reconhece que o capital tem um valor social. Não nego que nós (brasileiros), temos que ‘vencer na vida’ por meio dos frutos do trabalho, organização e da capacidade. Não é ficar só na dependência do Estado, que ele deve ‘fazer isso’, ‘dar aquilo’. O estado tem que moderar o que possui, precisa induzir e dar condições adequadas, para que a iniciativa privada, possa então aplicar seu capital. O Estado deve montar um negócio capaz de gerar postos de trabalho para dar dignidade a população.

ET: Quais são as propostas que você defende dentro de um modelo econômico adequado ao Brasil?

RR:
“Países que têm ‘evitado’ uma inclinação capitalista vem fracassando. Observar a história recente da Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e países da Antiga ‘cortina de ferro’, levando milhões de pessoas a morte e a miséria. Os líderes dessas nações optaram pelo ‘populismo’, para dar poder a uma classe dominante. Não existe ‘almoço grátis’, se aquela comida está no prato, foi por que alguém trabalhou e pagou por isso. Assim são as nossas relações, é preciso compreender que entre os dois sistemas financeiros que sociedade vivenciou, não há dúvida de que o capitalismo é melhor. Não estou aqui para defender posições ideológicas, mas para trazer soluções. Mas, quando comparamos os dois sistemas, são vários casos que demostram que as democracias que adotaram o capitalismo, obtiveram mais prosperidade. Se surgiu alguma distorção é facilmente corrigida. Diferente de sistema totalitários que limitam a liberdade, onde o Estado é gigante, que os governantes emparelham a máquina pública para manter o status do partido que controla toda aquela massa”.

ET: Quais são suas propostas para geração de emprego? E sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), quais são suas proposições no futuro?

RR:
“Nós defendemos empregos, que Manaus gere e busque alternativas econômicas capazes de gerar um suporte ao trabalho. Pretendemos tomar medidas que aqueçam a ZFM, pois a curto e médio prazo, não conseguiremos desenvolver outro modelo econômico à altura. Pois economia, não se faz da noite para o dia. Portanto, é preciso preservar a ZFM, mas é necessário entender que os postos de trabalho perdidos, não é culpa dos liberais que chegaram ao poder. O que causa desemprego e faz com que os incentivos não tenham mais efeito, é o que chamamos de disruptura tecnológica. Isto é, produtos produzidos no polo, que estão envelhecendo por conta da defasagem do Processo produtivo Básico (PPB), que leva cerca três anos para ser aprovado. Enquanto isso, um produto sai de mercado em seis meses, veja o descompasso. Isso sim é uma das causas que está levando a ZFM a perder postos de trabalho”.

ET: Quais são as alternativas que você acredita que possam complementar a economia e o modelo ZFM?

RR:
“Precisamos criar alternativas que complementem o modelo ZFM, Manaus tem uma vocação natural para o turismo internacional. É preciso potencializar a cidade para se tornar uma rota turística forte. Além disso, precisamos liberar a mineração e a piscicultura. Essa medida seria ideal para importar a proteína para China, que atualmente fatura cerca de 20 a 40 bilhões de dolares. Também é necessário fortalecer o Polo digital”.

ET: Para fortalecer o Polo Industrial de Manaus (PIM), seria ideal criar sub-produtos a partir dos das nossas matérias primas amazônicas?

RR:
“Ninguém imaginava em 1967, que Manaus teria vocação de produzir todas as motos vendidas no Brasil e na América Latina. A fabricação de celulares, televisores e até concentrados para bebidas é fruto da vocação construída pelo modelo ZFM. Mas imagine, a quantidade de ‘energia’ desprendida, para que criássemos essas vocações industriais no meio da selva. Nós não vamos ‘fazer força’, para florescer as vocações naturais da terra, que vão complementar a geração de emprego e renda. Mas para isso, em concomitância, precisamos repensar o modelo industrial rapidamente e inserir Manaus na indústria 4.0. Não é possível fabricar produtos, que não agregue valor. Temos um piso salarial baixo, que começa por volta de R$1500 a R$2000. Para dobrar esse salário e não perder esse trabalhador para o mercado, é necessário romper a ‘disruptura tecnológica’ que envelheceu as produções locais. Reinventando a pauta de produtos, podemos dobrar os salários; e não perder mão de obra para outros modelos semelhantes ao nosso, que pagam mais.

ET: Como desenvolver a cidades de forma tecnológica, o que Manaus precisa para ser uma cidade inteligente?

RR:
“Não se faz ciência longe da tecnologia e esta, deve estar a favor da resolução dos problemas das pessoas na cidade. A relação das pessoas dentro de Manaus é muito dinâmica, pois é o local onde você mora, trabalha e tem lazer. Por que não tornar esse uma cidade inteligente? Colocar a ciência e tecnologia para resolver os problemas da sociedade. É inconcebível alguém acordar as 2h da manhã, pegar uma senha e entrar numa fila, para matricular o seu filho na escola. Isso não tem sentido na era digital, onde você tem tudo ao alcance das suas mãos pelo smartphone. Usar a tecnologia para desburocratizar e racionalizar os processos; fazendo uso de recurso públicos com razoabilidade, fazendo chegar a verba onde é necessário, com transparência e uma equipe e secretaria especializadas para manter a qualidade do serviço. Não é aceitável ligar o espólio da conquista ao erário público, não se pode ‘dar’ secretarias essenciais, sob a responsabilidade de gestores sem a mínima qualificação por ‘agrado’ político.

ET: Para você, quais seriam os pré-requisitos para um bom gestor público?

RR:
“O gestor público deve ser alguém com experiência, idônea que deve ser submetida a um processo seletivo adequado a exigência do cargo. Ele deve ser questionado sobre quais planos vai tomar para aumentar o patamar da sua pasta. Tem de ser alguém capaz de propor soluções para o saneamento básico. Como é possível uma cidade com 2 milhões de habitantes, ter apenas 10% sendo servidos pela rede de tratamento de esgotos? Imagine o impacto dessa omissão para a saúde? Você vai as periferias e vê crianças correndo na terra, com valas à céu aberto, e com cacimbas de agua sem tratamento. Isso é um verdadeiro absurdo! Qual é a chance de sucesso, dessa semente (criança), que precisa ser cultivada, bem alimentada; avançar no seu processo de vida natural? Como vai se tornar uma árvore frondosa dessa forma? O Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, não faz sentindo isso ainda estar acontecendo no pais”.

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