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Cultivo de palma forrageira tem expansão em Minas Gerais

O programa Palmas para Minas, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) em conjunto com outras entidades, está avançando e as expectativas são positivas.



Por Michelle Valverde | Diário do Comércio

O projeto tem o objetivo de estimular o plantio e o uso da palma forrageira no semiárido mineiro, uma vez que o produto é uma opção para suprir parte da alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos em período de seca, onde há limitação de outros itens, como o milho, por exemplo. No Estado foram implantados campos de multiplicação de mudas, que são doadas a produtores.


O Programa Palmas para Minas é desenvolvido em campos pequenos no Norte do Estado e no Vale do Jequitinhonha - Crédito: Kellson Tolentino / Agência Minas

De acordo com o engenheiro agrônomo, analista de agronegócio da Faemg e coordenador do programa Palmas para Minas, Caio Coimbra, em 2019 foram desenvolvidas diversas ações para levar aos produtores rurais das áreas do semiárido informações sobre a palma forrageira e as vantagens do plantio e uso na alimentação do rebanho.

Também houve avanços no plantio da palma, o que é feito através da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig). De acordo com Coimbra, a Epamig vem desenvolvendo pesquisas com o objetivo de identificar as variedades de palma que melhor se adaptam às características das regiões mineiras. Ao todo, estão sendo testadas 25 variedades de palma forrageira. Os estudos avaliam o desempenho das cultivares em relação à produtividade e à resistência à seca.

Além de realizar as pesquisas, a Epamig doa mudas para os produtores que querem investir no cultivo. Segundo Coimbra, hoje são 74 campos da Rede Palma, que fazem parte do programa Palmas para Minas. A rede tem o objetivo de multiplicar raquetes e doar para produtores que têm interesse. São campos pequenos, em torno de meio a um hectare, distribuídos no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

“A Epamig tem uma metodologia diferenciada e importante. O produtor que recebe um volume de mudas de palma, após dois a três anos, precisa devolver para a Epamig novas mudas, que serão doadas para outros interessados”, explica.

De acordo com Coimbra, o interesse dos produtores em relação ao uso da palma como alternativa na composição da dieta dos animais em períodos de escassez hídrica é crescente, mas existem desafios. Um dos principais é o custo elevado para o plantio. A implantação em um hectare pode custar entre R$ 10 mil a R$ 12 mil. Mesmo com o custo elevado, a produção desse alimento é interessante porque a produtividade da palma é cerca de oito vezes maior que o da silagem.

“Os produtores estão implantado área menores e multiplicando as mudas para expandir e ter material para o rebanho. É uma alternativa muito interessante. De acordo com pesquisas, a palma pode substituir até 50% da alimentação do rebanho sem causar problemas. Com isso, além de ampliar a disponibilidade de alimento, os custos são reduzidos”, ressalta.

Assistência técnica 

Para 2020, são esperados avanços importantes, como o início do registro oficial dos produtores que recebem mudas no programa Palmas para Minas. Além disso, estão em estudos formas para oferecer assistência técnica para auxiliar os produtores no cultivo da palma.

“2019 foi o ano para divulgação do programa e para a adesão de alguns produtores. Para 2020, nós vamos formalizar as ações. Pretendemos identificar quem recebeu as mudas, contabilizar e oferecer assistência técnica para que eles conduzam da melhor forma possível a cultura da palma”, adianta Coimbra.

Para o novo ano, está em planejamento a realização do PalmaTec, evento que terá o objetivo de reunir diversos especialistas, pesquisadores, produtores e instituições relacionados à produção de palma no Brasil.

“É um projeto embrionário que será composto por várias palestras técnicas, dias de tecnologias e visitas de campo. Serão três dias, quando serão discutidas as tecnologias sobre cultivo e manutenção, uso da palma na alimentação animal, problemas enfrentados e tecnologias que podem resolver gargalos encontrados pelos produtores”, explica.

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