Edificação na Praça da Liberdade vai abrigar a Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais
Agência Minas
O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) celebra 48 anos de uma trajetória reconhecida e valorizada por sua atuação no campo das políticas públicas de patrimônio cultural. Ao longo de sua existência, o instituto enfrentou desafios importantes, desenvolvendo suas ações sempre em parceria com os órgãos municipais e federais e atento à pluralidade cultural de Minas Gerais.
O Prédio Verde, na Praça da Liberdade, futura instalação da Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais | Izabel Chumbinho |
Como parte das comemorações de seu aniversário, celebrado nesta segunda-feira, 30 de setembro, o Iepha-MG anuncia ações e projetos significativos. Entre eles, a retomada das obras de restauração do Prédio Verde, na Praça da Liberdade, futura instalação da Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, na própria segunda-feira.
A restauração do edifício, a implantação da Casa do Patrimônio e o uso da edificação como sede do Iepha serão fundamentais para consolidação de um espaço de articulação das ações institucionais. Projetos voltados para a educação, salvaguarda, promoção, pesquisa e conservação do patrimônio cultural serão realizados com a participação da comunidade, agentes culturais e instituições de fomento e pesquisa.
Farinhas
Neste mês de outubro, o instituto inicia os estudos para o inventário temático das farinhas: moinhos de milho e casas de farinha em Minas Gerais. A proposta foi lançada durante as comemorações do Dia do Patrimônio Cultural 2019 - Cozinha e Cultura Alimentar. O projeto tem por objetivo identificar e inventariar os locais de produção, produtos e produtores desses farináceos que são base da alimentação de grande parte dos mineiros. A primeira etapa do projeto será a realização de um cadastro dos produtores e casas de farinhas de Minas Gerais por meio de formulário disponível no portal do Iepha-MG – www.iepha.mg.gov.br.
Proteção
Outras ações que integram o planejamento do Iepha-MG são os projetos estratégicos para a prevenção de riscos ao patrimônio cultural, voltados para a instalação de Sistemas de Monitoramento contra Intrusão e de Sistemas de Prevenção de Combate a Incêndio e Pânico.
Minas Gerais possui um amplo acervo de bens móveis e integrados em diversas edificações protegidas como patrimônio cultural, como igrejas, museus e outras edificações públicas. Grande parte se encontra em situação frágil em relação a sua proteção e segurança, não poucas vezes expostos a roubos e extravios.
Em iniciativa integrada com o Ministério Público Estadual e a Polícia Federal, o Iepha-MG tem implementado ação sistemática que busca evitar roubos e promover a localização de acervos históricos extraviados. Para isso, o instituto vem atualizando o inventário desses bens culturais e, paralelamente, pretende implementar mecanismos mais eficientes para garantir sua segurança e proteção, numa ação contínua, sistêmica e permanente.
Até 2022, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão com a instalação de sistemas de monitoramento contra intrusão, em 57 edificações protegidas no estado, seja na esfera municipal, estadual ou federal.
Em 2018, após o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, foi realizado, em Minas, um diagnóstico de avaliação nas instituições públicas de cultura para identificar a existência de infraestrutura voltada para prevenção e combate a incêndio e pânico. Como decorrência da iniciativa, foi definida a prioridade de investimento de R$ 1,4 milhão no Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico de nove imóveis, em cinco municípios mineiros, priorizando edifícios pertencentes ao Estado e que possuem acervos de bens móveis e integrados.
Caberá ao Iepha-MG realizar o gerenciamento do projeto, em parceria com a comunidade local e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, além de responsáveis pela propriedade, gestão e segurança dos bens – em uma ação coordenada para o impedimento de ocorrência de quaisquer sinistros.
Viseira Branca |
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