Grupo formado por empresas, pesquisadores e investidores pretende trazer programa do MIT para o Brasil pela primeira vez
Por Ana Laura Stachewski | PEGN (Pequenas Empresas Grandes Negócios)
Um grupo de empresas, pesquisadores, investidores e representantes da esfera pública resolveu unir forças por um bem comum: transformar o estado do Rio de Janeiro em uma espécie de "Vale do Silício da energia". Para isso, pretende trazer pela primeira vez ao Brasil o MIT REAP, um programa de aceleração e empreendedorismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Estado do Rio de Janeiro foi escolhido com foco da iniciativa (Foto: Filipo Tardim/Wikimedia Commons) |
O anúncio foi feito neste sábado (19/10) durante o Hacking.Rio, festival de cultura digital realizado na capital fluminense. O grupo se candidatou para desenvolver a iniciativa, que conta com apoio direto da universidade norte-americana. O programa já passou por 50 regiões do mundo e seleciona apenas oito por ano.
Entre os membros estão Hudson Mendonça (COPPE/Abstartups), Marcus Vinicius Fonseca (LabrInTOS COPPE), Paulo Ganime (Deputado Federal NOVO-RJ), Luiz Carlos Ciocchi (Furnas), Orlando Ribeiro (CENPES/Petrobras) e Roberto Motta (Conselho da Economia do Conhecimento do Estado do RJ).
A proposta do MIT REAP é ajudar a desenvolver os ecossistemas locais de inovação e empreendedorismo, inspirando-se, por exemplo, no case de sucesso do Vale do Silício. Porém, em vez de copiar o seu modelo, a metodologia identifica as características e necessidades de cada região para impactá-la de maneira realmente eficiente.
No projeto atual, o grupo propôs a implementação da metodologia no Rio de Janeiro com o tema sustentabilidade e energia. Isso porque o estado reúne grandes empresas da área energética, do petróleo à energia elétrica.
"Acreditamos que o futuro da energia vai envolver uma transformação assim como a que ocorreu anos atrás com a internet", afirma Hudson Mendonça, pesquisador do laboratório de inovação da COPPE e diretor do comitê cleantech da Abstartups.
Segundo ele, a ideia é gerar resultados para todo o ecossistema – e estimular o envolvimento de todos os stakeholders. "O Vale do Silício não pertence a nenhuma empresa, universidade ou governo. É resultado de uma atuação conjunta entre vários agentes", diz.
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