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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Romeu Zema chama os deputados estaduais mineiros para ajudar na gestão

Por enquanto, pode-se dizer que o governador eleito tem como aliados na Casa apenas três parlamentares eleitos por seu partido e outros seis do PSB e PV, partidos que apoiaram a candidatura do Novo no segundo turno


Isabella Souto | Estado de Minas

No primeiro discurso como governador eleito, o empresário Romeu Zema (Novo) fez um apelo para que os deputados estaduais mineiros o ajudem na gestão – e se dispôs até a recebê-los mensalmente durante “uma ou duas horas”. Por enquanto, pode-se dizer que o estreante na política tem como aliados na Casa apenas três parlamentares eleitos por seu partido e outros seis do PSB e PV, partidos que apoiaram a candidatura do Novo no segundo turno. Da oposição, os 10 eleitos pelo PT e um parlamentar do PCdoB. Nas demais, a posição até o momento é de uma atuação “independente”. 

Romeu Zema, Governador de Minas Gerais | foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Os deputados eleitos em 7 de outubro assumem o mandato em 1º de fevereiro do ano que vem – quando já terá um mês da gestão Romeu Zema. O período será de observar o Palácio da Liberdade. O PSDB, por exemplo, que disputou o segundo turno com o empresário com a candidatura do senador Antônio Anastasia, surpreendeu ao não declarar que vai para a oposição.

Em reunião na terça-feira, a legenda optou por formar um bloco “livre” no Legislativo. “Tudo o que for importante para vencer a crise em Minas, nós vamos apoiar. Mas faremos oposição firme em questões como a venda da Cemig. Quando ele fala em soltar presos, fazer ajustes na Assembleia, ele mostra que não consegue entender que está entrando em searas do Judiciário e do Legislativo”, afirmou o deputado estadual João Leite, reeleito no início do mês.

O PSDB elegeu sete deputados estaduais, mesmo número do MDB, que disputou o Palácio da Liberdade com a candidatura do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes. No segundo turno, a legenda liberou os filiados e não declarou apoio a nenhum dos candidatos. Depois das eleições, os parlamentares ainda não se reuniram para discutir a atuação a partir de fevereiro. O líder da bancada, deputado Tadeu Martins Leite, informou que a legenda vai “aguardar” o início do governo e tentar ajudar em um primeiro momento. “Até porque o novo governo precisará de apoio para fazer alterações importantes, depois vamos discutir como vai ocorrendo para ir nos posicionando”, disse recentemente.

O PTB terá três deputados a partir de fevereiro e tende a adotar uma “liberdade crítica”, disse Sargento Rodrigues. “No que for interesse do povo, do contribuinte, apoiaremos tranquilamente ou até aperfeiçoaremos. Mas não aceitaremos projetos para, por exemplo, mexer na carreira de servidores”, argumentou. Os seis deputados federais e um estadual do PP terão uma reunião na semana que vem para definir a atuação na Assembleia e na Câmara. “O que for em benefício de Minas Gerais nós apoiaremos”, disse Gil Pereira, reeleito para a Casa. A mesma postura será adotada pelo Pros, que elegeu apenas Elismar Prado para o Legislativo.

Oposição

Pelo menos por enquanto, apenas o PT já declarou ser oposição a Romeu Zema. De acordo com o líder da sigla na Assembleia, André Quintão, o partido pretende fazer uma transição “tranquila” e maneira “equilibrada, correta e transparente”. “Vamos estabelecer uma pauta de projetos de interesse de Minas, mas do ponto de vista político, é natural que no ano que vem o PT assuma o lugar de oposição”, argumentou o parlamentar. O PT elegeu 10 deputados. O PCdoB, que terá apenas um representante na Casa, também deverá integrar o bloco de oposição com os petistas.

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