Apesar de não definir apoio, o partido de João Amoêdo declarou ser contrário ao PT, de Fernando Haddad
Por Julia Duailibi | G1
O Partido Novo confirmou nesta terça-feira (9) que não vai apoiar nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais. No entanto, a sigla declarou, em nota aos militantes, que é "absolutamente" contrária ao PT, que, segundo o Novo, "tem ideias e práticas opostas às nossas".
Parte significativa da direção do Novo queria o apoio a Bolsonaro, principalmente em razão da agenda econômica e do discurso antipetista, que agrada à militância do partido. Pesaram contra os riscos de apoiar o candidato do PSL e, lá na frente, um eventual governo dele não funcionar – ou atuar da maneira tradicional, principalmente na construção de maiorias no Congresso. A conta certamente seria apresentada à legenda, que tenta se apresentar como uma novidade na política.
O Novo tenta assim blindar o partido, de modo a conservar o capital eleitoral de Amoêdo, que deve ser candidato à Presidência novamente em 2022. Apesar disso, as críticas ao PT na nota distribuída pelo partido e a ausência de menções a Bolsonaro evidenciam o alinhamento do Novo ao candidato do PSL.
Sem fazer coligações nos estados nem usar verba do fundo partidário, o Novo também colocou Romeu Zema no segundo turno da eleição para governador em Minas Gerais, contra Antonio Anastasia (PSDB). Além disso, o partido terá oito parlamentares na Câmara dos Deputados.
Dia de definir apoios
O PSB e o PSDB devem definir, também nesta terça-feira, se apoiam ou não algum dos dois candidatos à Presidência no segundo turno.
Individualmente, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, declarou no domingo que votará em Jair Bolsonaro. A posição da sigla, do presidenciável derrotado Geraldo Alckmin, ainda não foi definida.
O PSB, em agosto, decidiu não se coligar nem apoiar formalmente nenhum presidenciável. A legenda, no entanto, vetou "rigorosamente" qualquer tipo de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), vista pelo partido como uma "ameaça à democracia e aos direitos humanos".
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